Campina Grande na Paraíba
Campina Grande alcançou a categoria de vila em 1790. No dia 6 de abril, Campina Grande passou a ser chamada oficialmente de Vila Nova da Rainha, em homenagem à Rainha Dona Maria I.
pesar da mudança de nome, os habitantes locais continuaram a chamar o lugar de Campina Grande, e somente em textos oficiais e formais o nome Vila Nova da Rainha era utilizado. Em 11 de outubro de 1864, de acordo com a Lei Provincial nº 137, Campina Grande se eleva à categoria de cidade. Neste momento, a Paraíba tinha dezesseis vilas e mais seis cidades: Parahyba (atual João Pessoa), Mamanguape, Areia, Sousa e Pombal (Paraíba). Com o tempo a cidade ia se desenvolvendo, mas somente no início do século XX foi que mudanças econômicas e mudanças nas condições de vida vieram a realmente acontecer significativamente. Nos anos 1940, Campina Grande era a segunda exportadora de algodão do mundo, sendo o primeiro lugar Liverpool, na Grã-Bretanha e a cidade colhe hoje os frutos desse processo de desenvolvimento. Com uma economia centralizada na indústria, no comércio e no turismo, a cidade destaca-se também por sua notável diversidade cultural, sendo palco de eventos tradicionais e conhecidos no Brasil inteiro, como as vaquejadas, o Festival de Inverno e a maior festa de São João do mundo, considerada pela EMBRATUR, como uma das três maiores festas do Brasil.
Campina Grande é a segunda cidade mais populosa do estado de Paraíba. Fica a 120 km da capital do estado, João Pessoa. É considerada um dos principais polos industriais e tecnológicos da Região Nordeste do Brasil. Hoje, além da diversidade cultural, a cidade também é reconhecida por sua excelência em capacitação e produção na área de tecnologia, atraindo para o seu polo tecnológico empresas multinacionais, além de voltar a se reposicionar num outro setor que já foi o seu forte: o algodão. Só que desta vez colorido. Por esse motivo, Campina Grande acabou chamando a atenção de pesquisadores de outros países. Campina Grande coleciona números: foi a primeira cidade do Nordeste a ter um computador, um mainframe da IBM de U$$ 500 mil, em 1967, e a quarta do país a ter o curso de Tecnólogo em Processamento de Dados, inaugurado em 1973 e transformado, quatro anos depois, no bacharelado em Ciência da Computação. A capital da Paraíba, João Pessoa, onde a UFPB, só inaugurou seu curso de Ciência da Computação oito anos depois, em 1985.
Minha Campina, o teu nome é um poema, tua beleza é nordestina, o teu roteiro é de cinema, não importa por onde ande, eu te amo Campina Grande, RAINHA DA BORBOREMA. Guibson Medeiros
O algodão colorido, a nova marca da cidade
Se em meados do século passado, a principal atividade da cidade era a comercialização e exportação do algodão branco, que colocaram a cidade como a principal economia do interior do Nordeste, hoje essa cultura volta.
Desta vez, porém, com uma nova roupagem. A partir de pesquisas de 14 anos da Embrapa local, foi desenvolvido o algodão colorido através do melhoramento da espécie até se obter uma qualidade de algodão orgânico com a viabilidade comercial.
O algodão desenvolvido pela Embrapa já nasce colorido sem a presença de agrotóxicos, o que valoriza os produtos fabricados a partir dele, principalmente no mercado externo.
Para explorar este novo potencial foi criado em 2000 o Consórcio Natural fashion, formado por 8 empresas de confecção, tecelagem e artefatos com a participação de micro e pequenas empresas. O diferencial do algodão colorido tem feito da cidade um sucesso nas feiras de moda onde tem se apresentado.
Campina Grande é a única cidade do mundo a trabalhar com produção industrial de produtos e artefatos de algodão colorido. Outros países trabalham com algodão colorido, mas apenas de forma artesanal por não ter uma fibra tão resistente quanto a desenvolvida pela Embrapa.
Veja e escute essa belíssima interpretação do hino de nossa cidade na voz de Kátia Virgínia e arranjo do músico Gabmar Cavalcante.