Terremoto na Turquia e Síria: entendendo suas consequências
O terremoto que atingiu a Turquia em 6 de fevereiro pode custar ao menos US$ 84 bilhões ao governo turco.
o dia 06 de fevereiro de 2023 um grande terremoto de escala 7,8 de magnitude atingiram a Turquia e o noroeste da Síria deixando um total de mais de 46 mil mortes e pelo menos 115 mil pessoas feridas até 19/02/2023, tendo sido os mais fortes na região desde 1939. O terremoto gerou dezenas de réplicas e também foi sentido em Israel, no Líbano, no Iraque e no Chipre.
As localidades atingidas pelo tremor estão localizadas na chamada falha de Anatólia, que é um encontro entre outras duas placas a Africana e a Arábica. O deslocamento entre estas placas resulta em um terremoto.
Os tremores foram registrados a uma profundidade de aproximadamente 10km de profundidade o que explica tanta destruição nas localidades atingidas. A NOA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) já registrou mais de 58 terremotos na região desde a década de 1990, sendo 4 deles com magnitude igual ou superior a 7 graus. O registro de maior magnitude ocorreu em 1960 no Chile com 9,5 de magnitude.
Como ocorre um terremoto?
A litosfera é a camada mais rígida da terra e divide-se em partes menores chamadas placas tectônicas. Essas placas tectônicas se movimentam lentamente, gerando um processo contínuo de esforço e deformação nas grandes massas da rocha.
Quando esse esforço supera o limite de resistência da rocha, faz com que ela se rompa liberando parte da energia acumulada que é liberada sob forma de ondas elásticas, chamadas de ondas sísmicas. Essas ondas podem se espalhar em todas as direções, fazendo a terra vibrar intensamente, ocasionando os terremotos.
Quando o terremoto é registrado em uma profundidade focal superficial, a energia chega muito mais forte na superfície. Isso fica mais preocupante quando se encontram construções antigas que não foram feitas com a proteção para terremotos. Segundo a OMS, o terremoto na Turquia/Síria foi o pior desastre natural na região europeia em 100 anos. Como sempre acontece com tais tragédias, a causa imediata pode ter sido de origem natural, mas os níveis de morte e sofrimento são de responsabilidade humana, pois muitas edificações foram construidas sem as condições para suportar tremores de terra, o que levou a um número muito elevado de mortes, infelizmente.
Terremotos e catástrofes naturais ocorrem em todo planeta com muita frequência, porém nos questionamos porque com o avanço tecnológico, ainda não é possível que esses desastres sejam previstos e provoque tantas destruições. Os cientistas são unânimes em afirmar que a ocorrência dos terremotos não pode ser prevista, visto que os avanços estão concentrados no monitoramento de terremotos e não nas previsões de quando vão ocorrer com exatidão. Por isso a importância de edificações adequadas a absorver os tremores dos terremotos e evitar perdas de vidas e de bens. Algumas construções antissísmicas envolvem o uso de amortecedores eletrônicos e molas.
Tecnologia de molas ou amortecedores eletrônicos – Esses sistemas são muitos usados por países como o Japão, por exemplo, onde terremotos são frequentes. Nestes casos em prédios maiores os amortecedores asseguram a estrutura da edificação, além de poderem ser controlados em longa distância. Já as molas são usadas debaixo das casas e prédios menores, mas possuem a mesma tecnologia e funcionalidade que os amortecedores.
Shear Walls – Ou também conhecidas como paredes super resistentes é uma tecnologia que resulta na construção de paredes mais elaboradas e grossas e projetadas para ficarem em lugares estratégicos dos projetos, algo tão simples, mas que ajuda a suportar maior impacto ou abalo e evitar a desintegração dos prédios e das casas.
Construção modular – Este sistema utiliza painéis modulares como principal estrutura, além de seguros, os painéis são flexíveis e ajudam tanto na hora do impacto, quanto depois dele, pois se necessário sua remontagem e reintegração, além de funcional é mais econômica e rápida.